sábado, 28 de janeiro de 2012

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Dezoito do um



Estou numa luta contigo, não contra ti, mas sim por ti. Embora um pouco a medo poucas coisas te diga, embora eu não tenha grandes bases para lutar, muito por onde pegar, a minha luta é sincera. É a luta que mais me custa travar, a que mais quero ganhar. Que mais quero que te toque, para poderes sentir, para poderes ver o que fiz e não fiz por ti, o quanto esperei, o quanto te desejei. Por enquanto fico com as lembranças de um momento que tivemos sem pensar. Ficam as lembranças do cheiro do teu perfume misturado com o do tabaco, de sentir o teu cabelo nos meus dedos, de sentir a tua cabeça deitada no meu peito e de todas as vezes que te apertava contra mim para te poder sentir bem perto, quase como se fosses meu. Por enquanto... vão ficar as lembranças do quão perto estivemos, de te ver deitado a meu lado, abraçado a mim, a acariciar-me, a beijar-me, enfim... Ficam as lembranças de algo que não se vai voltar a repetir, mas pelo qual eu vou lutar.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012


Olho para mim, vejo-me sem pressa
Sem o peso das horas,
Sem qualquer promessa.
Deixo a casa,
Deixo todos que lá demoram
Todos que se apressam,
Que não atam nem desatam.
Deixo todos os corpos, 
Todas as almas,
E dentro da noite
Aconchego a minha solidão sobre o céu,
Exponho a minha alma sobre mim como se fosse um véu.
Vejo-me por dentro
E os pensamentos falam comigo
Sem preocupação pelo tempo,
Sem pressa, 
Ficaria ali, a conhecer-me a mim mesma
Despida, completamente nua, verdadeira.